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Irmandade Fresno RJ

E-mail: irmandadefresno@yahoo.com.br

Peça Fresno "Porto Alegre"

 

SÃO PAULO
Mix: (11) 3253.4000
Jovem Pan: (11) 3252.6456
89 FM: (11) 3016.0089
Transamérica: (11) 3025.1001
Metropolitana: (11) 4040-4001
Brasil 2000: (11) 3872.7272
Jovem Pan (Araraquara): (16) 3337.4711 
Jovem Pan (Barra Bonita): 14) 3641.0131 
Jovem Pan (Barretos): (17) 3322.2594 
96 FM (Bauru) : (14) 2109.9696
Jovem Pan (Campinas): (19) 3212.0075 (19) 3212.1474
89 FM (Campinas): (19) 3213.8989
Jovem Pan (Capão Bonito): (15) 3542.1410
Jovem Pan (Catanduva): (17) 3523.2999
Jovem Pan (Marília): (14) 3481.6829
Jovem Pan (Mogi-Guaçu): (19) 3212.1474
Jovem Pan (Piracicaba): (19) 3434.9284 (19) 3422.1060
Jovem Pan (Ribeirão Preto): (16) 3610.3899
Jovem Pan (Santos): (13) 3289.2200
Jovem Pan (São Carlos): (16) 3362.3322
Jovem Pan (S. João da Boa Vista): (19) 3622.2926
Jovem Pan (S. José dos Campos): (12) 3938.8700
Jovem Pan (S. José do Rio Pardo): (19) 3608.3600
Jovem Pan (S. José do Rio Preto) (17) 4009.3299
Jovem Pan (Sorocaba): (15) 3224.3999
Jovem Pan (Taubaté): (12) 3632.0555
Educadora Fm em Campinas, (19) 3271-6400 
Vox 90.3 (Americana/SP) - (19) 3462-1026
Noticia 88.9 (Americana/SP) - (19) 3461-7056
Vox 90.3 (Americana/SP) - (19) 3462-1026
Noticia 88.9 (Americana/SP) - (19) 3461-7056
Unifran FM Franca/São Paulo - (16) 3711 8774
Stereo Vale Fm. (103,9) - São José dos Campos/Sp - (12) 3941-1039
Clube FM - São Carlos/sp - (16) 3375-3046
Intersom Fm - São Carlos/SP - (16) 3362-2140
Clip fm - Indaiatuba/SP - (19) 3885-0800
Dumont fm - Jundiaí,Sorocaba e grande São Paulo - (11)4521 5000
101FM - Jaboticabal/SP - (16) 3202 0791
Hertz Am-Fm - Franca/SP - Estúdio FM - (16) 3704-2222/Estúdio AM - (16) 3704-7733
Caraguá FM 89,5- (12) 3882 1509

RIO DE JANEIRO
Mix: (21) 2105.1021 
Transamérica: (21) 3878.2929 
Oi FM: (21) 3131.9207
Jovem Pan (Três Rios): (24) 2255.1996
Sociedade fm - Barra mansa-Rio de janeiro - Tel:024 3323-3300
Beat 98 - (21) 2461-0098
Fm o dia - (21)2509-9030

MINAS GERAIS
98 FM: (31) 3215.9898 
Mix: (31) 3209.0917 
Transamérica: (31) 3213.8870 
Jovem Pan (Belo Horizonte): (31) 2125.0990 
Jovem Pan (Diamantina): (38) 3531.9989
Jovem Pan (Ipatinga): (31) 3827.0770
Jovem Pan (S. Sebastião do Paraíso): (35) 3558.7451
Oi FM (BH): (31) 3284.6168
Oi FM (Uberlândia): (34) 3212.0855
Sete Colinas (Uberaba): (34) 3313.4500
Rádio Cidade: (32) 3215.1001
Solar: (32) 3215.1620
Cultura Fm 95.1 (Uberlândia)3291.5500 
Jovem Pan - Uberaba/MG - (34)3314-5119
Real FM - (31) 3551-0412

ESPÍRITO SANTO
Jovem Pan: (27) 3334.7100
Oi FM: (27) 3314.1176
Cidade FM: (27) 3350.9770

RIO GRANDE DO SUL
Atlântida : (51) 3299.2222
Cidade 92.1: (51) 3299.2921
Jovem Pan: (51) 3218.2525
Pop Rock: (51) 3477.1071
Pop Rock (Serra): (54) 3286.2244
Maisnova Caxias 98,5: (54) 3209.5900
Maisnova Marau 94,7: (54) 3342.7600
Maisnova Garibaldi 88,1: (54) 3462.8900
Maisnova Passo Fundo 102,5: (54) 3316.0150
Maisnova Vacaria 101,5: (54) 3231.7900
Maisnova Soledade 99,1: (54) 3381.4700 
Atlântida Caxias - (54) 3223-4918

PARANÁ
Transamérica: (41) 3338.1003
91 Rock: (41) 3315.0091
Mix: (41) 3270.9290
Jovem Pan (Curitiba): (41) 3331.6300
Jovem Pan (Cascavel): (45) 3225.4366
Jovem Pan (Jacarezinho): (43) 3525.0877
Jovem Pan (Londrina): (43) 3328.9001
Jovem Pan (Maringá): (44) 3226.1800

SANTA CATARINA
Atlântida: (48) 8401.0405
Jovem Pan (Florianópolis) (48) 3324.1017
Jovem Pan (Criciúma) (48) 3045.5144
Jovem Pan (Indaial / Blumenau): (47) 3333.0815
Jovem Pan (Itajaí / Camboriú): (47) 3348.6694
Transamérica (Joinville): (47) 3026.1000
Transamérica (Balneário): (47) 3367.0199
Diplomata FM (Brusque): (47) 3351.3465
Unoesc FM (Joaçaba): (49) 3551.2000
Studio FM (Jaraguá do Sul): (47) 3371.0991 
Transamerica 103,1 de Laguna - SC  (48)36471696 
Rádio Trentina FM 047 3384 0080

ALAGOAS
Jovem Pan (Maceió): (82) 3338.9081
Jovem Pan (Arapiraca): (82) 3530.3232
96 FM: (82) 3336.3434
Rádio Mix Maceió: (82) 0800 727 2177 
dio Gazeta Fm (82) 32230094 '-' 

BAHIA
Transamérica: (71) 3534.0100
Band FM - (73) 3281-4199
Bahia FM Salvador - Bahia (71) 35350088
Jovem Pan Feira de Santana Feira de Santana - Bahia (75)3223.1000
Princesa FM Feira de Santana - Bahia (75) 2101.9700
Rádio Nordeste FM Feira de Santana - Bahia (75) 3623-1080

CEARÁ
Mix: (85) 3066.4000
Jovem Pan (Fortaleza): (85) 3089.5269
Jovem Pan (Sobral): (88) 3611.1616

MARANHÃO
Jovem Pan: (98) 3221.5416

PARAÍBA
Mix: (83) 3621.1093

PERNAMBUCO
Transamérica: (81) 3207.0927
Jovem Pan (Recife): (81) 3421.8976
Jovem Pan (Caruaru): (81) 3423.2468
Oi FM: (81) 3327.9650

PIAUÍ
Jovem Pan: (86) 3217.2929
RIO GRANDE DO NORTE
Tropical 103 FM: (84) 3204.6439

DISTRITO FEDERAL
Jovem Pan: (61) 3248.8300
Mix: (61) 3451.3700
Transamérica: (61) 3481.1001

GOIÁS
Jovem Pan: (62) 3945.1550
97 FM: (62) 3222.3197
Interativa FM: (62) 3222.9494
96 FM: (62) 3328.1614

MATO GROSSO
Jovem Pan: (65) 2128.2500
Cidade FM: (65) 3317.7710
Transamérica AM: (65) 3241.1770

MATO GROSSO DO SUL
Rádio Grande: (67) 3411-6992

ACRE
União 94,7 FM: (68) 3228.2100

AMAZONAS
Jovem Pan: (92) 2123.1000
Mix: (92): 3215.1007

PARÁ
Jovem Pan: (91) 4005.0808

RONDÔNIA
Clube Cidade FM: (69) 3216.0794
Vitória Régia FM: (69) 3219.1045

ARACAJU
Fm Sergipe - (79)3238-2095
Jovem Pan - (79) 3238-5000
103 Fm - (79) 3238-0103

Fresno na Revista Rolling Stone

20-12-2010 13:55

Fresno Contra o Mundo

Por Bruna Veloso

 

Cansados da imagem de bons moços e fugindo dos caminhos fáceis, os integrantes do Fresno - ponto fora da curva do novo rock brasileiro – querem corrigir erros do passado e angariar o respeito de quem ainda os menospreza.

 

 

Isto aqui é um show de rock, porra!" Lucas Silveira, líder da banda Fresno, grita como se tivesse enfurecido com a plateia à sua frente. Diante dele e de seus companheiros, três mil pessoas lotam uma casa de shows em Santos (SP) - entre adolescentes no auge da acne, garotas com cabelo alisado e meninos que, sim, apesar do sucesso dos quatro integrantes com o público feminino, também sabem cantar cada verso das músicas do grupo.

Clique aqui para concorrer a uma camiseta da Rolling Stone assinada pelos integrantes do Fresno.

Minutos antes, no camarim (uma sala modesta com frigobar, espelhos, uma garrafa de vinho pela metade, lanches e uma garrafa de uísque intocada), uma garota, em choro convulsivo, se agarra com força a Lucas, a cabeça em seu peito. O ídolo adolescente não parece confortável - menos ainda quando a menina é retirada à força, aos gritos de "eu te amo!" - e aparenta não estar em seu melhor dia. Enquanto Rodrigo Tavares, o baixista-estrela, conversa com todos, Lucas está isolado, provavelmente desabafando dores de amor com uma amiga, produtora da banda. Naquele dia, conforme contaria depois, ele havia se desentendido com a atual namorada, com quem está junto há cerca de seis meses.

Lucas sofre por amor, mas essa não é sua principal preocupação no momento: ele e Tavares, os homens de frente do Fresno, lutam para desfazer a imagem de "juvenil" que há anos permanece atrelada ao nome, às ações e à música da banda. É uma guerra de muitas batalhas: eles precisam destruir a percepção de que a única opção para os jovens brasileiros "não alternativos" é o pop rock romântico de letras pouco elaboradas e guitarras suavizadas que passam fulminantes pelas rádios e rapidamente caem no esquecimento. Precisam também superar a imagem de banda de rock pré-fabricada, apenas uma entre tantas que atuam sob a tutela do produtor Rick Bonadio. Com Revanche, o quinto disco de estúdio (segundo com o respaldo de uma gravadora grande, a Universal), o quarteto gaúcho marcou território como um grupo amadurecido, porém amargurado com as confusões profissionais e decidido a confirmar uma identidade própria dentro do cada vez mais minguado cenário do rock nacional. E ainda devem brigar por popularidade entre os jovens que hoje, como define Tavares, "sonham em ser o Justin Bieber, em vez de sonhar em ser o Axl [Rose]".

"Dia desses", começa Lucas, "chegou um cara no supermercado perguntando se eu era irmão de um músico. Eu disse que sim. 'Legal a banda do seu irmão, como é o nome mesmo? Restart?'" Em tom de deboche, Lucas é taxativo: "Na cabeça do grosso da população, existe a 'banda Bonadio', uma grande banda de 50 pessoas". A confusão também não desperta bons sentimentos em Tavares. "Porra, eu não faço coraçãozinho [com as mãos], não mando beijo pra ninguém. No microfone, não chamo ninguém de meu amor. Vá se foder! Não sou do Restart: tenho 28 anos e sou grisalho!"

Não vem apenas da falta de conhecimento do público essa "crise de identidade": quando assinou contrato com Rick Bonadio para gravar o álbum Redenção, em 2008, o Fresno assumiu decisões que colaboraram para o crescimento do preconceito e ajudaram a marcar a fogo um rótulo que jamais vem desacompanhado de um sorriso irônico de seus detratores: o de "banda emo". Com Redenção, o grupo, que já tinha três outros álbuns na bagagem e uma sólida base de fãs no underground, se viu arremessado ao mainstream com três singles românticos consecutivos tocando em rádios - "Uma Música", "Alguém Que Te Faz Sorrir" e "Desde Quando Você Se Foi". Escapar da pecha de "apenas mais uma banda como as outras" começou para o quarteto como uma tarefa quase impossível. Mesmo que essas letras - de cunho sentimental e confessional, compostas pela mente ágil e inquieta de Lucas Silveira - fujam à rima fácil da média de artistas brasileiros, a banda que antes surfava o hype do mundo alternativo se viu alvo fatal do ódio dos roqueiros - talvez os mesmos de quem hoje o Fresno almeja respeito.

"Tem uma coisa que é normal: tu se impressionar com o sucesso que uma música pode fazer. E tu querer repetir aquilo", reflete Lucas, parecendo desconfortável na cadeira. "É a coisa do deslumbre. Tu acha aquele sucesso tão legal que esquece que talvez aquela música não tenha muito a ver, que aquele não era o single que tu queria. Um ano depois, vê o resultado e a galera no show reclamando que tem gente pulando. Teve um show em que gritei 'Vamo quebrar tudo!', e vi a cara [de reprovação] de uma menina na frente. Então vai se foder, vai pro fundo! Ou fica em casa!"

O Fresno (ou a Fresno, de acordo com seus próprios integrantes) nasceu em 1999, no grêmio estudantil do colégio particular Pastor Dohms, em Porto Alegre. Os então adolescentes Lucas Silveira e Vavo Mantovani (o guitarrista, integrante mais certinho do quarteto, uma espécie de enciclopédia humana da história do Fresno), ao lado de Pedro Cupertino (bateria), Bruno "Lezo" Teixeira (baixo) e Leandro Pereira (vocal) fizeram o primeiro show em um festival da escola, no início de 2000. A segunda apresentação veio menos de seis meses depois, no mesmo colégio, mas com o repertório de covers trocado por músicas próprias - compostas por Lucas, mas cantadas por Leandro, que mais tarde seria demitido da banda via internet. Até então o quinteto se chamava Democratas (a substituição ocorreu quando Vavo descobriu um grupo homônimo em uma busca pelas músicas de sua própria banda no Napster).

Na época ainda um território desconhecido para muitos, a web foi um diferencial na carreira do Fresno, que ficou conhecido por ser um dos mais bem-sucedidos exemplos da divulgação eficiente na era digital. Desde a gênese da banda, seus integrantes estabeleceram uma intensa frente de divulgação no mundo virtual: enquanto se comunicavam com artistas de outros estados, Lucas gravava versões de voz e violão das músicas e as divulgava com a ajuda de amigos. Assim, o Fresno foi lentamente se tornando conhecido além do circuito de Porto Alegre, tendo feito seu primeiro show fora da cidade em 2002. A passos calculados - pouco ou nada nessa trajetória pode ser chamado de golpe de sorte -, o grupo cativou um público fiel, muito antes de vender as 100 mil cópias de Redenção.

De 55 pagantes no primeiro show não escolar (em 2001, na casa noturna Garagem Hermética, em Porto Alegre) até apresentações em rodeios com 20 mil pagantes, muita coisa mudou na vida dos rapazes. Mas o fator definidor da banda pode ser considerado a entrada de Rodrigo Tavares, ainda que isso não seja assumido diretamente pelos integrantes. "Imagino que pro Lucas e pro Vavo tenha sido um terremoto quando eu cheguei", analisa Tavares, "porque a postura [do grupo] era muito careta". Ele - um homem esguio e tatuado, com a barba por fazer e, apesar da aparência quase agressiva, com os olhos carismáticos de quem sabe convencer seu interlocutor, sem esforço - está à mesa de um bar na Vila Madalena, São Paulo, segurando um cigarro aceso, falando rápido e pelos cotovelos. "O Nick, técnico de som, que é o único da equipe que entrou antes mim, diz que antes não se podia fazer nada. No ônibus não se podia fumar, não se podia beber. Eu cheguei cheio de problema, cheio de remédio, cheio de maconha", ele diz. "Eu passava a imagem do louco, mas com o tempo isso foi se moldando, emparelhou à loucura de todos, com uma vantagem para o Vavo, que ainda é o mais santo."

Assim como Lucas, que também tem os dois braços fechados por tatuagens, Tavares fala como se há tempos precisasse de alguém para escutá-lo. Em um país marcado por artistas politicamente corretos e calejados em orientações restritivas quanto à imprensa, o gaúcho de 28 anos não parece utilizar qualquer tipo de freio verbal. "Eu tinha 15 pra 16 anos e era junkie, terminei o primeiro grau no supletivo. Tomava qualquer coisa que me dessem", ele lembra, afirmando nunca ter experimentado cocaína - um amigo seu ("um ídolo") cometeu suicídio aos 21 anos, depois de se viciar na droga. É Tavares quem puxa o assunto das drogas para em seguida citar a falta de liberdade de expressão e se declarar veementemente a favor da legalização da maconha. "Se eu levantasse a bandeira da maconha no Brasil, estaria fodido, porque sou da Fresno. O [Marcelo] D2 pode, eu não posso. Mas eu queria muito levantar, se não fosse ser preso. Se não fosse por isso eu tava lá na [avenida] Paulista gritando, e foda-se todo mundo", ele proclama, em um só fôlego.

Você lê esta matéria na íntegra na edição 51, dezembro/2010. A revista estará nas bancas a partir de 9/12.